Nesta terça-feira (12), dois dias após a 229ª edição do Círio de Nazaré, os paraenses unem-se a outros brasileiros para louvar Nossa Senhora da Conceição Aparecida, padroeira do Brasil. Esta santa, cuja imagem é negra, tem uma história singular que contribui, inclusive, para o combate ao racismo na sociedade atual e realça o valor da acolhida que se deve ter com as pessoas em geral, como ressalta o padre Wagner Maria, pároco do Santuário Arquidiocesano de Nossa Senhora Aparecida.
O Santuário, na avenida Pedro Miranda, no bairro da Pedreira, e inaugurado em 1º de maio de 2021, sedia pela primeira vez programação para a santa padroeira dos brasileiros. No Dia de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, nesta terça-feira, o Santuário ficará aberto para visitação durante todo o dia, com missa às 7h, 9h, 11h. 12h, 17h e 19h.
Hoje em dia, em um mundo com tanto preconceito, tanto racismo, como observa padre Wagner, “Aparecida vem com essa mensagem também do respeito, da acolhida, onde a cor de Deus é a cor do coração de quem ama”. Os fiéis também devem pedir a intercessão da santa para livrar a humanidade desse momento difícil da pandemia da covid-19.
Padre Wagner Maria destaca que em linhas gerais a história da santa, em 1717, parte do achado de uma pequenina imagem no rio Paraíba do Sul, no interior de São Paulo. “Em um tempo de escravidão, um grupo de pescadores saiu a mando do seu senhor para pescar no Rio Paraíba do Sul e Paraíba quer dizer grande quantidade de águas podres, sem vida, em tupi-guarani. E ali, eles acham, em primeiro lugar, o corpo de uma imagem que poderia ser de uma santa”, conta.
Os pescadores guardaram, então, aquele corpo, que ficou ali com eles na barca. Até então, eles não conseguiam pescar nada.“Daqui a pouco, eles jogam a rede e encontram a cabeça, e quando juntaram perceberam que era a cabeça daquela imagem que tinham encontrado anteriormente no mesmo rio. Não era um lugar muito próximo; portanto, ja é algo de extraordinário aí pelo fato de que poderia ter sido levado pela correnteza, engatado em algum raiz, em alguma coisa embaixo do rio. Eles juntaram a imagem, e a partir daquele momento começaram a ter grandes pescarias”, observa o pároco.
Depois disso, passou-se a cultuar naquela região a pequenina imagem. “Muitos são os relatos de milagres, como a libertação de escravos; tantos casos que aconteceram e que são atribuídos à intercessão de Nossa Senhora. É Aparecida justamente por ter aparecido no fundo do rio. Ela tem essa cor negra pelo fato de estar debaixo d'água; então, a água provocou essa cor negra da imagem. Porém, no Brasil, na época de uma escravidão, quando ela fora achada, para um tempo de escravidão era um sinal divino realmente para nós. Tanto que anos depois foi proclamada a libertação dos escravos”, frisa padre Wagner.
oliberal.com
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