Braganca - PA, 18 de Maio de 2024 -- Publicado em: 06/10/2021 às 11:27:17

Novo teste rápido detecta o coronavírus na saliva

Dispositivo portátil desenvolvido na UFSCar tem a mesma precisão do exame de

Postado por: bragafest
 Foto: DOL 
Novo teste rápido detecta o coronavírus na saliva


esquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) patentearam um novo teste para detecção do Sars-CoV-2 na saliva. O dispositivo reúne precisão equivalente à do teste de RT-PCR, baixo custo e capacidade de analisar várias amostras ao mesmo tempo. Além de detectar a presença do vírus, o novo teste também indica a carga viral da pessoa infectada.



A tecnologia usada para detectar o vírus envolve um marcador com propriedade eletroquimioluminescente (que emite luz a partir de reações eletroquímicas). Dessa forma, na presença do material genético do patógeno, ocorre uma reação que emite luz vermelha, indicando o resultado positivo para a Covid-19. A intensidade da luz vermelha é proporcional à carga viral presente na amostra. Caso o aparelho não acenda, é sinal de que o vírus não foi detectado e, portanto, a pessoa não está infectada.



Covid-19: pesquisa brasileira cria teste barato e rápido



Novo tipo de papel mata coronavírus, fungos e bactérias



Outra inovação está no fato de o dispositivo poder ser acoplado a um smartphone, permitindo que o processo de amostragem e testagem seja concluído sem a necessidade de profissional especializado. O projeto teve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).



“O teste tem as vantagens de ser portátil, conseguir analisar 20 amostras ao mesmo tempo e poder se conectar a um smartphone. Tudo com a mesma sensibilidade e precisão dos testes de RT-PCR”, diz à Agência FAPESP Ronaldo Censi Faria, pesquisador do Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia da UFSCar e coordenador do projeto.



Opções variadas



Este é o terceiro teste para detecção do novo coronavírus desenvolvido e patenteado pelo Laboratório de Bioanalítica e Eletroanalítica (LaBiE) da UFSCar. Os dois anteriores também têm alta sensibilidade e, se produzidos em larga escala por empresas parceiras, podem permitir a testagem em massa da população brasileira – solucionando um dos gargalos para o enfrentamento da pandemia.



A primeira tecnologia desenvolvida pelo grupo envolveu um sensor eletroquímico que permite fazer uma análise quantitativa da proteína spike (espícula) do vírus na saliva do paciente. Nele, um sensor eletroquímico capta a molécula viral e o resultado pode ser acessado, em questão de minutos, por meio de um aplicativo de celular.



Já o segundo modelo de teste desenvolvido no LaBiE detecta o RNA do vírus presente na saliva. Porém, diferentemente do dispositivo mais recente, ele é baseado em uma adaptação da plataforma ELISA (ensaio de imunoabsorção enzimática, na sigla em inglês), amplamente utilizada em laboratórios de análises clínicas de todo o Brasil.



Faria conta que os dois primeiros testes estão em processo avançado de negociação com empresas parcerias. O objetivo é produzi-los em larga escala e comercializá-los.



“Quanto maior a variedade de testes de baixo custo capazes de detectar com precisão o novo coronavírus, melhor. Cada modelo se adapta a uma situação: lugares remotos, centros de análises clínicas ou uso individual”, diz Faria.



Uma curiosidade deste último dispositivo desenvolvido é que ele inicialmente tinha sido desenhado para o diagnóstico de sepse – inflamação sistêmica provocada por bactérias, principal causa de morte em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).



O trabalho é fruto da pesquisa de doutorado de Taise Helena Oliveira Leite, sob orientação de Faria. “O projeto de pesquisa e desenvolvimento do teste já tinha iniciado e, quando chegou a pandemia, vimos que o modelo poderia ser adaptado para a Covid-19. Rapidamente fizemos alteração no dispositivo que inicialmente detectava o DNA e a quantidade de bactérias que provocam a sepse para a indicação do RNA e carga viral do Sars-CoV-2. Isso mostra como a pesquisa tem de ser constante, ainda mais quando precisamos dar resposta rápida a uma emergência”, analisa Faria.



A nova tecnologia acaba de ter seu pedido de patente registrado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), com titularidade de Faria, Leite, Tássia Regina de Oliveira (pós-doutoranda no LaBiE) e colaboradores: Henrique Pott Junior (UFSCar), Ester Sabino (Universidade de São Paulo), Fabio Eudes Leal e Erika Regina Manuli (Universidade Municipal de São Caetano do Sul) e Matias Eliseo Melendez (empresa Cloning Solutions). A chegada do teste ao mercado depende, agora, de interesse de empresas pelo licenciamento da patente e produção do dispositivo em larga escala.



DOL




+Fotos

Deixe seu comentario pra gente!!!
Exibindo Notícia(s) de 1 a 15 | Total de Registros: 9551

19/04/2022 - Senado vota marco regulatório das criptomoedas no Brasil

19/04/2022 - Equipe da Netflix grava cenas de série com Pigossi em Belém

19/04/2022 - Teaser de Doutor Estranho traz Mordo e Feiticeira Escarlate

19/04/2022 - Pesquisador revela informações inéditas da "Moça do Táxi"

19/04/2022 - Ex-mendigo faz ameaça após ser banido: "cabeças vão rolar"

24/03/2022 - Mais dois: Japão e Arábia Saudita confirmam vaga na Copa

24/03/2022 - Após gesto nazista, Adrilles é recontratado pela Jovem Pan

24/03/2022 - Microplásticos são encontrados em sangue humano

24/03/2022 - Mendigo conquistador é convidado para entrar na política

24/03/2022 - Todo elenco fixo de atores da Globo será demitido, diz site

18/03/2022 - Alerta! Dormir mal pode gerar doenças graves

18/03/2022 - Auxílio Brasil: Caixa começa a pagar parcela de março

17/03/2022 - Veja o calendário para o saque do FGTS de até R$ 1 mil

17/03/2022 - CBF define data e Brasil jogará em reabertura do Mangueirão

17/03/2022 - Brasileiro completa 120 anos e recebe bênção do Papa