Braganca - PA, 19 de Maio de 2024 -- Publicado em: 20/09/2021 às 08:31:29

Peixarias reclamam do "desaparecimento" de clientes em razão da doença

No Pará, até o momento, há a suspeita de sete casos da síndrome de Haff

Postado por: bragafest
 Foto: oliberal.com 
Peixarias reclamam do "desaparecimento" de clientes em razão da doença


Peixarias reclamam do 'desaparecimento' de clientes em razão da doença da 'urina preta'



Aberta há 32 anos, uma peixaria localizada no bairro da Condor, em Belém, vive o pior momento de sua história com o advento da Síndrome de Haff, conhecida como “doença da urina preta". As vendas tiveram queda de 90% em duas semanas, o que pôde ser comprovado pelas mesas vazias do estabelecimento neste domingo (19). A crise do setor também foi sentida por um local que, há cinco anos, vende frango e tambaqui assado no bairro da Cremação, tanto como restaurante quanto no modelo “pegue e pague”. Até as 11h, apenas um cliente optou por comprar peixe neste domingo, quando normalmente eram vendidas dez postas até o mesmo horário. O receio da população em consumir pescado afetou toda a cadeia produtiva do produto: pescadores, barqueiros, balanceiros, peixeiros e donos de restaurante.



A gerente da peixaria no bairro da Condor, Luciléia Tavares, que trabalha no estabelecimento há 11 anos, relata que após fechar o caixa no último sábado precisou tirar dinheiro do próprio bolso para pagar a gratificação das atendentes, já que os poucos pagamentos feitos durante o dia forma por meio de cartões de crédito e débito, o que fez com que o caixa terminasse o dia vazio. “É uma situação que eu nunca tinha visto igual. Reuni a minha equipe para conversar sobre o assunto, porque a queda foi de 90%. Nem quando tivemos os maiores surtos da pandemia ocorreu isso, pois conseguimos manter 60% das nossas vendas, com entrega delivery ou venda aqui na porta do restaurante. Mas, agora, os clientes não estão vindo, o nosso telefone não toca”, reclama.



Como alternativa para enfrentar o momento, Luciléia conta que o restaurante está começando a fazer promoções com outras opções de alimentação. “Embora a gente não trabalhe com nenhum dos peixes que estão citados como o que podem provocar a doença (tambaqui, pirapitinga e pacu), pois nossas especialidades são pirarucu, filhote e pescada, também estamos trabalhando mais com frango, fazendo promoção com calabresa, para tentar segurar o movimento. A gente fica preocupa porque as contas não param de chegar, do nosso aluguel, da conta de energia elétrica, que está um absurdo”, declara.




 



O casal Luiz Sampaio Neto e Deusiene Borges, que trabalham com prato feito, frango e tambaqui assados para levar, afirmam que chegavam a vender até 15 quilos de peixe em um dia de fim de semana, mas, no momento, a mesma quantidade foi vendida durante a última semana inteira. “Em tempos normais, quando dava 11h, já tínhamos vendido mais de dez postas de tambaqui, além das reservas por telefone e aplicativo. Agora, só um cliente comprou”, demarca Deusiene.



Para Luiz Neto, os órgãos sanitários deveriam ter agido com mais rapidez, para orientar a população e os comerciantes sobre os riscos da doença.



“Até agora, não recebemos a visita de nenhum órgão público para nos trazer informações sobre a melhor forma de agir. Nós trabalhamos com o tambaqui criado em cativeiro, com certificação. A população precisa ser informada para não entrar em pânico e generalizar, achando que todos os peixes estão contaminados”, reivindica.



Tambaqui na brasa, antes cobiçado, agora ficou esquecido pelos clientesLuiz Neto e o tambaqui na brasa, antes cobiçado, agora ficou esquecido pelos clientes (Elivaldo Pamplona/O Liberal)


 Assim como a gerente da peixaria na Condor, o vendedor também optou por diversificar as opções do cardápio para atrair mais o público. “Estamos reforçando a venda de carne suína e bovina, pois a procura pelo peixe realmente despencou”, reforça.




 



O presidente da Associação dos Engenheiros de Pesca dos Estados do Pará e Amapá (AEP-PA/AP), informa que há sete casos de suspeita de Síndrome de Haff no Pará, até o momento; dois em Belém, um em Trairão e quatro em Santarém. “O maior volume de casos foi identificado no município de Itaquatiara, no estado do Amazonas. Obviamente que a captura de pescados nos locais próximos e a distribuição para outros locais faz com que os casos possam ser disseminados, então é muito importante que a gente vincule dois aspectos: um é o fato de que há uma região mais acometida, que é a região de Itaquatiara, no Amazonas, e outro é que provavelmente veio de lá o pescado que causou as ocorrência em Santarém e em Belém”, afirma.



oliberal.com




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