O aumento na tarifa de energia elétrica, distribuído com os reajustes de 8,02% para consumidores residenciais, de 8,62% para consumo de baixa tensão e de 10,28% para a alta tensão, aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no último dia 6 de agosto, foi destaque na última semana na Assembleia Legislativa do Pará.
Com os reajustes em vigor desde o sábado, 7, o aumento médio é de 9, 01% aos consumidores paraenses, medida que afeta diretamente cerca de 2,77 milhões de unidades em todo o estado, incluindo usuários dos serviços residenciais, agropecuários, cooperativas e indústrias.
Durante a Sessão Ordinária, o deputado Miro Sanova e presidente da Comissão Temporária Externa sobre o acompanhamento das políticas públicas para a redução da tarifa de energia elétrica no Pará, pelo Legislativo Estadual, criticou o aumento.
“Desde o início do ano, a comissão buscou junto à Aneel beneficiar o Pará na Medida Provisória que incluía o estado na redução da tarifa de energia, mas agora o Pará é incluído nessa nova medida de aumento de preço. Além disso, temos que pagar a maior conta de energia da nação. O poder de compra dos brasileiros e dos paraenses está acabando e agora o povo tem que pagar energia com quase 10% de aumento. Isso é um absurdo, onde vamos parar?“, argumentou.
Miro também protocolou requerimento à Mesa Diretora solicitando que seja agendada uma audiência com os representantes da Aneel, para debater os impactos negativos do aumento de energia ao Pará, que é um dos maiores estados produtores e exportadores de energia elétrica do Brasil.
Em seu pronunciamento, o deputado Fábio Freitas fez críticas ao aumento da tarifa e apresentou requerimento de votos de repúdio, a ser encaminhado à Aneel e à Equatorial Pará Distribuidora de Energia S.A.
"Os paraenses estão indignados com mais esse aumento na conta de energia elétrica. Os consumidores residenciais vão sofrer reajuste de 8,02%. Esse aumento afeta principalmente os consumidores denominados de baixa tensão, incluindo os que residem em áreas rurais e de menor poder aquisitivo", afirmou.
A tarifa da bandeira vermelha 2, aplicada no País, além de ser uma das mais caras do mundo, reflete a crise hídrica no Brasil. A explicação para a alta é o aumento do custo de geração de energia.
De acordo com o governo federal, o Brasil enfrenta a pior estiagem dos últimos 91 anos, o que levou ao maior acionamento de termelétricas, situação que provoca mais custos do que as hidrelétricas.
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oliberal.com
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